#PETCompartilha: Chia para perda de peso?

A chia, também conhecida como Sálvia hispânica, originada da Guatemala e do México, é uma planta herbácea mais conhecida por sua semente, que é vendida de diversas formas (integral, moída ou na forma de óleo). Suas folhas também podem ser utilizadas na preparação de chás e infusões.

A composição da semente é principalmente gordura (25% a 40%) e, destas, 60% é ômega-3 (ácido alfa-linolênico) e 20% é ômega-6 (ácido linolênico). Há também proteínas (15% a 25%), carboidratos (26% a 41%), fibra alimentar em boas quantidades (18% a 30%), minerais e vitaminas. Além desses, a chia apresenta ainda alto teor de compostos anti-oxidantes, tais como beta-caroteno, tocoferol, ácido clorogênico, ácido cafeico e flavonoides (quercetina, miricetina e kaempferol).

A propriedade da chia relacionada ao controle do peso vem da sua alta quantidade de fibra, que auxilia na diminuição do esvaziamento gástrico, resultando na sensação de saciedade. Ainda, contribui para o controle de glicemia, triglicerídeos, colesterol total e parcial. É importante lembrar que, além da chia, alimentos como as frutas e cereais integrais também fornecem bons teores de fibras.

Um estudo feito com pessoas com obesidade e sobrepeso analisou a associação entre o consumo diário de 50 g de chia e a redução do peso bem como a melhoria de fatores de risco durante 3 meses. A conclusão da pesquisa é que a ingestão da semente não se relacionou à redução de peso e da ocorrência de fatores de risco. Há ainda a necessidade de outros estudos para analisar o que ocorre quando a ingestão se dá a longo prazo. Além disso, é importante moderar o consumo, já que 100 g de chia oferecem aproximadamente 380 quilocalorias, sendo um produto de alta densidade calórica.

A produção da chia no Brasil se iniciou há pouco tempo, ocorrendo em maior quantidade no Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Assim, não faz parte da cultura do brasileiro consumir a chia, além de ser um produto caro em relação a outros alimentos in natura.

Ressaltamos que a alimentação saudável e adequada e que respeite os hábitos alimentares deve incluir também frutas e outros alimentos in natura e minimamente processados, já que fornece os nutrientes fundamentais para manter a saúde.

FONTE: Ministério da Saúde. Desmistificando Dúvidas sobre Alimentação e Nutrição, Brasília-DF, 2016.

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