#PETCompartilha: Ômega 3 na gestação

O ômega 3 é uma gordura poli-insaturada muito importante na prevenção e tratamento de enfermidades, como doenças cardiovasculares, cânceres, doenças imunológicas, doença de Alzheimer, e destaca-se como um nutriente importante durante a gestação. Sua forma mais biodisponível (DHA) é encontrada em peixes de água salgada e gelada (como sardinha, salmão, atum, arenque e jurel) e nas algas, crustáceos e moluscos. O ômega 3 também pode ser encontrado em alimentos de origem vegetal (na forma de EPA) como nozes, sementes, farinha e óleo de linhaça, semente de chia, entre outros.

Tais ácidos graxos estão muito ligados a desenvoltura do sistema nervoso central do feto e são parte da estrutura da retina nos olhos. O consumo de pescados e a suplementação com óleo de peixe, segundo estudos, podem ajudar na redução da ocorrência de partos prematuros e na melhora do peso dos recém-nascidos.

Outro efeito benéfico do ômega 3 para as mães é a diminuição de substâncias biomarcadoras relacionadas à depressão, diminuindo sua ocorrência no pós-parto, e também a melhora da mastite, uma vez que o ômega 3 tem ação anti-inflamatória.

A ingestão do ômega 3 pode ser feita durante toda a gravidez, mas é recomendável aumentá-la durante o terceiro trimestre da gestação, em que ocorre o desenvolvimento do sistema nervoso, especialmente do cérebro, e o amadurecimento da retina. Contudo, não há consenso de indicação de suplementação de ômega 3 para grávidas, uma vez que ele pode ser obtido através alimentos.

As necessidades de ômega 3 podem ser atingidas se houver o consumo de 100 g dos peixes citados três vezes durante a semana. Apesar disso, a suplementação excessiva não é indicada, uma vez que está relacionada ao risco de hemorragias, devido a dificuldades de coagulação. Outra questão importante é o cuidado que gestantes devem tomar quando se trata do consumo em excesso (acima de 150 g por semana) de peixes que predam, como tubarão, cação e atum, que têm tendência a acumular mercúrio em seus tecidos, que, sendo um metal tóxico, pode atingir o feto.

Na gestação, como nos demais ciclos da vida, é fundamental manter uma alimentação saudável e equilibrada, rica em variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. Óleos, açúcares e sal devem ser consumidos sem exageros, aproveitando para saborear o gosto dos alimentos e consumir temperos naturais para ressaltar esses sabores.

FONTE: Ministério da Saúde. Desmistificando Dúvidas sobre Alimentação e Nutrição, Brasília-DF, 2016.

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