#PETCompartilha: Óleo de Coco: Mocinho ou Vilão?
- PET NUTRIÇÃO UFV
- 11 de abr. de 2018
- 2 min de leitura

O óleo de coco pode ser encontrado na forma líquida (apesar de seu alto teor de gordura saturada) e em cápsulas. A sua oferta crescente no mercado é fruto da ampla divulgação na mídia sobre os seus possíveis benefícios.
Os resultados ainda são inconclusivos sobre seus benefícios, o que exige cautela em sua recomendação. Mais de 90% da composição do óleo de coco é de ácidos graxos saturados, principalmente, o ácido láurico, que possui importante capacidade de elevar o LDL-c e o HDL-c.
A utilização do óleo de coco na redução de alguns componentes lipídicos e aumento do HDL-c, são alguns dos efeitos encontrados em alguns estudos realizados em animais de laboratório e em humanos. Entretanto, os resultados não indicam a recomendação do uso de óleo de coco, sendo necessárias mais pesquisas em humanos com utilização prolongada para verificar seus efeitos em longo prazo no organismo.
Os resultados de um estudo com animais que comparou a suplementação entre óleo de coco, óleo de oliva e óleo de girassol por 45 dias e os efeitos na síntese e metabolismo de lipídeos mostraram níveis reduzidos no soro e no fígado de colesterol total, triglicerídeos e fosfolipídios quanto comparados os que ingeriram óleo de coco em comparação aos outros óleos. Além desses resultados, o estudo observou redução da transcrição das enzimas envolvidas na síntese lipídica e aumento da oxidação dos ácidos graxos, o que mostra a interferência do óleo de coco no metabolismo dos ácidos graxos.
Em trabalho realizado com mulheres com obesidade abdominal, avaliou-se a suplementação de óleo de coco em comparação com óleo de soja com dose de 30 ml durante 12 semanas. Os resultados mostraram redução da relação LDL/HDL, aumento do HDL-c e redução da circunferência abdominal no grupo que utilizou óleo de coco. Contudo, a interpretação destes resultados exige cautela, uma vez que a dieta consumida pelas participantes encontrava diferenças no teor proteico e de fibras.
Referências
Ministério da Saúde, Desmistificando Dúvidas sobre Alimentação e Nutrição, Brasília-DF, 2016.
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