#PETCompartilha: Pescados e Ômega 3
- PET NUTRIÇÃO UFV
- 28 de mar. de 2018
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Conhecido como ômega 3, o ácido linolênico, é uma gordura poli-insaturada que não é produzida pelo organismo, portanto, é necessária ser obtida a partir da alimentação. Os peixes, como sardinha, cavala e arenque, são alimentos de origem animal fontes de ômega 3, sendo o seu consumo recomendado pelo menos duas vezes por semana. As nozes, castanhas, amêndoas, linhaça, girassol, soja, óleo de canola, abacate e azeite são fontes de origem vegetal. Evidências científicas demonstram diversos efeitos positivos do ômega 3, sendo eles:
Possíveis benefícios para condições patológicas como doenças cardiovasculares, aterosclerose e diminuição da agregação plaquetária, devido aos efeitos anti-inflamatórios;
Melhora da arritmia e variações na frequência cardíaca, além de reduzir a frequência cardíaca basal;
Melhora do perfil lipídico com redução do LDL-c e triglicérides e elevação do HDL-c;
Formação de fosfolipídios que compõem as membranas celulares, podendo estar concentrados nas sinapses e auxiliar na transmissão sináptica e outras funções cerebrais;
Aparente proteção para várias enfermidades psiquiátricas, como transtornos do desenvolvimento, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, depressão, transtorno bipolar, estresse e demência, além da doença de Alzheimer.
Faz-se necessária uma maior investigação, uma vez que, essas relações ainda são conflitantes. Ainda é preciso identificar, por exemplo, a quantidade recomendada para se obter estes efeitos e o tempo de consumo. Todavia, deve ser estimulado o consumo de peixes, pois sabe-se de suas características nutricionais e da ampla variedade encontrada no Brasil, tanto de origem do mar quanto de água doce.
A fritura é uma das formas de preparo preferidas do consumo de peixe no Brasil. O óleo incorpora-se ao alimento, durante o processo de fritura, o que modifica suas propriedades nutricionais e seu sabor. A formação de produtos tóxicos, cancerígenos e pró-inflamatórios, é propiciada pela oxidação do óleo, isso ocorre pelo seu aquecimento em altas temperaturas (acima de 180ºC). Estes compostos formados pela degradação do óleo também são capazes de diminuir os efeitos benéficos dos ácidos graxos essenciais e das vitaminas lipossolúveis presentes nos peixes e outros pescados.
É importante incluir os pescados nas refeições, como alternativa para outros tipos de carnes. Os peixes, crustáceos e moluscos podem ser preparados assados, grelhados, ensopados (moqueca) ou cozidos. Podem, ainda, ser usados como ingredientes de pirão e saladas ou servir como recheio de tortas. Preparações culinárias de peixe com legumes, como pimentão, tomate e cebola ou com frutas como banana e açaí, são muito apreciadas. Deve-se preferir os pescados de sua região, apoiando o crescimento da atividade de forma sustentável e respeitando o meio ambiente.
Referências
Ministério da Saúde. Desmistificando Dúvidas sobre Alimentação e Nutrição. Brasília-DF, 2016.
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