#PETCompartilha: Tomate e "Pedra nos Rins": existe alguma relação?
- PET NUTRIÇÃO UFV
- 7 de mar. de 2018
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Comumente, o consumo do tomate é relacionado ao aparecimento de “pedras nos rins”, nome popular para litíase renal. Essas “pedras” ou cálculos são formados pelo acúmulo de sais, como oxalato de cálcio, fosfato de cálcio e ácido úrico nos rins. A alimentação pode ser um dos fatores que causam a litíase, pois o oxalato, além de ser produzido pelo organismo, também deriva-se de fontes alimentares. Os vegetais são as principais fontes de ingestão desse sal, entretanto, o consumo desses alimentos não pode ser restringido por todas as pessoas, pois estes possuem uma variedade de nutrientes importantes ao organismo, logo, devem ser evitados apenas por aqueles que possuem níveis elevados de oxalato na urina.
Dados revelam que um tomate médio apresenta teor moderado de oxalato e baixos níveis de sódio. Além disso, o tomate possui citrato, substância que inibe o crescimento dos cristais de oxalato de cálcio e torna os sais de cálcio mais solúveis, o que evita a formação das “pedras nos rins”.
A ingestão de cálcio também tem sido relacionada a esta situação, uma vez que o oxalato liga-se ao cálcio, formando o oxalato de cálcio. Todavia, reduzir o consumo de cálcio faz com que o organismo retire cálcio dos ossos e aumente a absorção de oxalato no intestino, compensando a diminuição da sua disponibilidade.
Desta forma, para evitar a formação dos cristais, deve-se ingerir uma boa quantidade de líquidos, a fim de aumentar a produção de urina e tornar o fluxo sanguíneo mais rápido, condições que diminuem a possibilidade da formação das “pedras”. Água, café, chás e sucos de frutas são líquidos aceitáveis, lembrando que a adição de açúcar deve ser moderada e o consumo de refrigerantes, evitado. Vale lembrar também que a restrição de qualquer alimento deve ser feita com orientação de um médico ou nutricionista.
Referência:
Ministério da Saúde. Desmistificando Dúvidas sobre Alimentação e Nutrição. Brasília-DF, 2016.
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